A adoção imediata do método canguru, que envolve contato pele a pele entre bebê e cuidador, reduz o risco de sepse – resposta inflamatória grave do organismo às infecções – em recém-nascidos (RN) prematuros e de baixo peso.
A conclusão é de um novo estudo conduzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado no periódico eClinical Medicine.
O ponto principal do método canguru é o contato direto entre o recém-nascido e seu responsável. No procedimento, o bebê é posicionado na vertical sobre o peito do cuidador pelo maior tempo possível. E a alimentação, claro, é feita preferencialmente via aleitamento materno exclusivo.
Vacina contra chikungunya
Assim como a dengue, outra arbovirose clinicamente muito impactante é a chikungunya. Essa, além de febre também causa dor articular intensa. O quadro pode ser altamente debilitante e, em cerca de 40% dos casos, os sintomas persistem por meses ou até anos.
A letalidade associada à doença é superior à observada na dengue, inclusive. E nossa região e o Estado, assim como a dengue, começa a ser acometida de modo progressivo por essa arbovirose.
Compreensível como o desenvolvimento de uma vacina seria de grande utilidade para a saúde pública. Nessa semana o periódico The Lancet publicou o primeiro estudo clínico bem controlado para avaliar um imunizante contra a Chikungunya. Trata-se da vacina de vírus atenuado de dose única VLA1553, produzida pela farmacêutica Valneva, da Áustria. O estudo foi realizado com mais de 4 mil voluntários maiores de 18 anos.
Resultados e perspectivas de proteção
Os resultados principais indicam que a vacina é segura, bem tolerada e provoca uma boa resposta imunológica. A maioria dos eventos adversos foram leves, apresentando um perfil de segurança semelhante ao de outras vacinas produzidas com vírus atenuados.
Há outro estudo avaliando a segurança e eficácia da VLA1553, com o mesmo objetivo, mas em adolescentes. O estudo está sendo conduzido no Brasil pelo Instituto Butantan. Uma vacina eficaz poderia reduzir os casos de chikungunya, controlando a dor associada à doença e ainda garantindo proteção contra futuros surtos.
Se a eficácia e a segurança forem confirmadas para todas as faixas etárias, teremos uma importante estratégia para combater esta doença viral debilitante, promovendo um grande impacto positivo na saúde pública global.
Covid longa
Embora não estejamos mais em um período crítico da epidemia com necessidade de ação conjunta dos diferentes países, a Covid-19 ainda desperta preocupação e necessidade de cuidados.
Com um saldo de quase 800 milhões de casos em todo o mundo e 7 milhões de mortes, essa foi a maior pandemia vivida no nosso século. Mas, além disso, o SARS-CoV-2 deixou dezenas de milhões de pessoas com a chamada síndrome pós-infecção aguda da Covid, conhecida também como pós-Covid ou Covid longa.
Doença ataca muitos órgãos
A Covid longa são sequelas neurológicas, cardiovasculares, gastrointestinais, renais, e/ou musculoesqueléticas, que pode acometer diversos outros órgãos do corpo, muitas sem tratamento específico.
Segundo a OMS, de 10% a 20% dos infectados sofrem com danos após a infecção. Urge que o nosso Sistema Único de Saúde (SUS) e demais prestadores de serviço constituam serviços especializados no atendimento e reabilitação desses pacientes.
E, de novo, além de exercícios físicos, pesquisam apontam que a vacinação é um fator protetor para a Covid longa, especialmente as doses de reforço, prevenindo reinfecções.
OMS adota sistema de certificação vacinal da União Europeia
Assim como o Brasil (ConecteSUS) como parte da estratégia para criar um sistema global de certificações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Comissão Europeia estabeleceram uma parceria com o intuito de adotar a plataforma digital utilizada na União Europeia (UE) para emissão de comprovantes de vacinação contra a Covid-19.
Em um comunicado conjunto, a formalização da parceria foi classificada como “histórica” e destaca que o sistema contribuirá para a mobilidade global e para a proteção de cidadãos de todo o mundo contra ameaças sanitárias, como futuras pandemias.
O diretor-geral da organização, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, relata que a OMS pretende oferecer a “todos os estados-membros da OMS o acesso a uma ferramenta de saúde digital de código aberto, baseada nos princípios de equidade, inovação, transparência, proteção e privacidade de dados”.